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A África do Sul está prestes a implantar uma grande infraestrutura de banda larga, suficientemente acessível para ter um impacto significativo no desenvolvimento socioeconômico político, cultural e educacional do país. Porém, há uma defasagem entre a cobertura da banda larga na África do Sul e em outros países de nível de desenvolvimento similar, como a República Checa, Polônia, Hungria e Turquia. Isto é em parte devido à falta de um marco coerente de políticas que orientem o desenvolvimento da banda larga. A eleição de um novo governo em 22 de abril de 2009 possibilita uma nova perspectiva sobre o conjunto de políticas e a consideração dos componentes inter-relacionados necessários ao desenvolvimento de uma estratégia nacional coerente de banda larga. Neste sentido, a APC vem criando uma coalizão de empresas e organizações da sociedade civil para pressionar pela diminuição dos custos relacionados à internet na África do Sul.

O projeto recebe o apoio da Parceria para o Ensino Superior na África (PHEA – Partnership for Higher Education in Africa) e tem mobilizado provedores de serviços de internet, trabalhadores do ramo da comunicação, elaboradores de conteúdo, acadêmicos, especialistas em energia alternativa, várias organizações da sociedade civil e associações do setor privado, com o objetivo de defender um acesso mais barato à banda larga para todos os sul-africanos. Juntos, estes grupos de interesse identificaram os principais componentes da estratégia de banda larga nacional, que foram consolidados no marco de políticas a serem apresentadas ao novo governo. Em 24 de março de 2009, as entidades fundadoras da coalizão – APC, South Africa Connect, SANGONeT e a Fundação Shuttleworth – convocaram um fórum de um dia que reuniu cerca de oitenta especialistas em tecnologia do ramo empresarial, da sociedade civil e do governo, e apresentaram um esboço do marco para análise crítica. Um comunicado de imprensa da APC sintetizou a atmosfera da ocasião.

Apoio imediato para a campanha

Um site de campanha demandando “uma abrangente estratégia nacional de banda larga para a África do Sul” começou a funcionar em 17 de abril, e aceita assinaturas de apoio. Apenas dez dias depois, já haviam assinado a petição mais de mil pessoas e 120 organizações, incluindo muitas pequenas e médias empresas. A imprensa tem dado ampla cobertura, a qual se pode conferir no site da campanha.

Objetivos da campanha

Os principais objetivos do marco de políticas são proporcionar a todos os sul-africanos um acesso barato à banda larga; que ela seja considerada uma infraestrutura básica de serviços, como água, esgoto e eletricidade; e que o acesso à internet seja visto como um direito público. O marco também estipula que as necessidades em educação, saúde, serviços governamentais e das pequenas e médias empresas sejam priorizadas, e que se ofereçam incentivos para a construção de redes em áreas mal servidas.

Os indicadores de progresso propostos no dia do fórum estipulam que até 2014 a África do Sul deverá:

  • Ter acesso à banda larga em cada cidade e vilarejo de seu território;
  • Ter o acesso mais barato à banda larga do continente africano;
  • Ser a primeira na África em termos de cobertura da banda larga.

Apoie a campanha

Qualquer sul-africano pode assinar a petição no site www.broadband4africa.org.za, e encorajar outros/as a fazerem o mesmo pela internet (mediante convite pelo Facebook, por exemplo).

Mais leitura: A coalizão Banda Larga para a África (BroadBand4Africa) explica o que está por detrás da campanha sul-africana

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