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Dois painéis sobre comunicação nesta quinta-feira. Em cada um deles, vários homens – e uma mulher, que moderava a mesa. Pergunto: onde estão as comunicadoras neste FSM?
O tema da Comunicação foi debatido de maneira interessante – e algumas vezes, inovadora -, neste terceiro dia do FSM Caracas. Uma das novidades foi a presença de diferentes movimentos sociais numa mesa sobre comunicação (normalmente, os eventos sobre este tema são feitos por comunicadores e para comunicadores – falamos para nós mesmos). Uma lacuna que faltou preencher foi a presença das mulheres nos dois painéis sobre direito à comunicação. Não me refiro apenas a mulheres falando como painelistas, mas também à presença do movimento feminista nestes eventos. Afinal, as feministas têm muito a compartilhar em termos de experiência de articulação em rede e uso estratégico da comunicação na defesa de direitos.


Embora a questão de gênero seja considerada um eixo transversal do FSM, no campo da comunicação este eixo foi esquecido – ou subestimado em sua importância. Não adianta falar de auto-reconhecimento, identidade e auto-estima se a exclusão – ainda que acidental – for perpetuada nas entrelinhas.



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